Produtos portugueses em Londres... Só até hoje!



"A distribuidora Maria Dias participa pela segunda vez, à procura de se estrear nas exportações de bacalhau e também queijos e enchidos da zona de Castelo Branco, depois de uma estreia em 2014 sem resultados práticos.


"Queremos exportar porque queremos crescer e o mercado português está saturado", justifica João Vilela, sócio-gerente da empresa que tem um volume de negócios anual de 3 milhões de euros.


Também de Castelo Branco, a Queijaria Almeida tenta reforçar a presença no mercado britânico, onde só entra "duas vezes por ano" pela mão de um importador português.


Atualmente, as exportações dos queijos, vários deles premiados, já representam 13% do total, para países como os EUA, Espanha, França e Bélgica, tendo o negócio crescido 37% no ano passado, afirmou o sócio-gerente Paulo Almeida.

Igualmente da Beira Interior, a região de Vila Velha de Ródão marca presença com um 'stand' para promover oito produtores de queijos, enchidos, azeite e mel financiado e gerido pela autarquia.

"Estes produtores têm uma dimensão muito pequena e esta é uma forma de promover e ajudar a desenvolver o interior", disse Fernanda Neves, funcionária municipal.

Já da Região Centro, a Licóbidos, que produz a Ginja de Óbidos, procura neste evento adicionar o Reino Unido a uma lista de 17 países para onde exporta, incluindo a China, principal cliente.

"É um mercado bom para bebidas licorosas e produtos 'gourmet'", fundamentou Bernardo Henriques, diretor de produção, que indicou que a empresa exporta 15% to total da produção e movimenta um milhão de euros por ano.

Anika e Dilip Parmar, proprietários de um pub em Leicester, mostraram-se cativados e equacionam adicionar ao menu esta bebida originária do Portugal que adoram e visitam duas vezes por ano.

"Queremos expandir e introduzir novas ideias. Por exemplo, esta ideia de beber num copo de chocolate que se come depois pode resultar para quem prefere não comer sobremesa", comentou Anika.

No espaço comum da Portugal Foods e InovCluster estão também a Casa do Vale, de Baião, e a Queijaria do Ilídio, de Fornos de Algodres.

"Ter um espaço maior permite dar mais nas vistas, mas é preciso trabalhar para obter resultados, como fazer contactos prévios, ter um 'site' de Internet com informação sobre os produtos e traduzido e dar seguimento aos contactos feitos", explicou Tiago Farias, responsável pela Internacionalização da Associação do Cluster Agroindustrial do Centro.

Na edição do ano passado, contou, apenas duas empresas fizeram negócio entre as sete que participaram.

Chris Barton, secretário-geral da Câmara de Comércio Anglo-Portuguesa, acrescenta outro fator para o sucesso: o comportamento no 'stand', nomeadamente a interação com os visitantes.

"Para estas pequenas empresas representa um grande investimento, por isso tentamos dar conselhos sobre a "ciência" de participar numa feira", enfatizou.

Este ano, a Câmara acompanhou a Cacao di Vine (Coimbra), a Panisubtil (Fátima) e a Casa Agrícola Rui Batel (Almendra), todas com espaços próprios.

A Specialty and Fine Food Fair, que reúne mais de 750 expositores britânicos e internacionais e atrai anualmente mais de 10 mil visitantes, decorre até terça-feira."

Fonte: Notícias ao Mínuto